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HOMENS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Atualizado: 25 de ago. de 2020

Por quê não falamos sobre isso?



Vivemos em uma sociedade machista, com inúmeros movimentos feministas em busca da igualdade de gêneros, movimento este que por muitas vezes se distorce da real luta por alguns seguimentos.

Aquela busca para que efetivamente se extinga diferenças, sejam sociais, sejam salariais ou qualquer outro, resta esquecida no meio do caos e a confusão que os dias atuais trouxeram a lume.

Entretanto, um assunto colocado embaixo do tapete e mote de chacota sempre que surge ao público merece ser tratado com igual gravidade de qualquer outro crime, a violência doméstica praticada contra homens.

É estranho imaginar um homem sofrendo violência doméstica, mas não é incomum.

Se pensarmos apenas na construção ideológica de que a mulher é o sexo frágil, imagem esta aliás criada e mantida pela sacralidade da maternidade, das crenças religiosas e de uma arcaica visão trazida dos tempos em que a mulher não tinha voz, vez e quase sempre era comparada, em direitos, aos pobres, ignorantes e aos escravos, teremos de fato uma versão feminina padecente de toda condescendência que existe.

Dentro desta visão, a mulher seria um ser puro, ingênuo, dócil e incapaz de manifestação de perversões e imoralidades.

A prática, o cotidiano e os fatos corriqueiros nos mostram que há uma verdade inconveniente por trás disso: as mulheres são sim capazes de atos violentos e cruéis tanto quanto homens.

Há duas áreas na prática jurídica que andam entrelaçadas quando o assunto é a violência doméstica masculina, a penal e a civil, principalmente quando o assunto é o divórcio.

A mulher agressora por vezes se aproveita da crença social de que o homem não pode ser a vítima e prática seus atos ciente de que ninguém acreditará que ela realizou o ato de violência e ainda, que se o fez, foi por um grave motivo.

Isto demonstra o preconceito e a marginalização deste tipo de violência. Por vezes a agressora conta inúmeras histórias sobre seu parceiro, inventa situações, calunia e destrói o companheiro como forma de mascarar suas ações e, se descobertas, justificar seus atos.

É fato que a mulher que conta uma história sobre violência tem mais credibilidade perante a sociedade do que o homem que relata uma situação de violência. Em tese, o homem poderia usar de sua superioridade física para obstar a violência, entretanto, na prática, muitos preferem não se defender para evitar a penalização criminal (Maria da Penha).

No cotidiano, a advocacia criminal tem mostrado que muitas denúncias por violência doméstica no brasil, consubstanciada na Lei Maria da Penha, tem como fundamento a vingança pessoal da vítima contra o dito agressor, e o homem que ouse em sua defesa por causar lesões na vítima, se vê mais uma vez vilipendiado, eis que a agressora se aproveita de sua condição de mulher para lançar mão das medidas protetivas para, mais uma vez, punir o homem e inverter a situação.

Há casos em que as agressões, sejam verbais, físicas ou psicológicas, se perpetuam mesmo após o pedido de separação, em um caso, o marido saturado de sua situação, ao pedir o divórcio foi agredido a tijoladas, outro depois de muitos anos de matrimônio, ao se separar, conheceu outra pessoa e a ex- mulher, logo em seguida, registrou boletim de ocorrência afirmando que havia sido agredida física e verbalmente, o que ficou provado em seguida que não ocorreu. E o mais bizarro, o homem já estava há muitos anos casado, relatou que sofria violência doméstica desde o início e que a situação deteriorava quando a mulher bebia, para evitar confrontos, saía de casa e voltava quando a situação se acalmava. Numa determinada situação, em uma confraternização, o homem comunicou a sua mulher que iria pedir que uma determinada pessoa se retirasse de sua residência em razão de que esta pessoa estaria fazendo uso de entorpecentes em sua residência. A mulher se enfureceu e tentou impedir o homem com empurrões, gritos e, o homem, que tentava se esquivar, ao tirar a mulher do caminho que bêbada, caiu, permaneceu preso por 8 meses até ser inocentado.

Não há dados no Brasil sobre esta situação e também não há dados sobre o número de homicídios praticados pela mulher contra o homem, mas o fato é que a violência doméstica masculina existe, é ridicularizada, motivo de chacota, fazemos vista grossa porquê, você sabe, é normal.

Mas ela está lá, presente, e é tão crime quanto a praticada contra a mulher.



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